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  • Foto do escritorPr. Davi Merkh

A História do Saco Furado

Atualizado: 21 de abr. de 2020


Todos nós somos vítimas dos ladrões da inflação, desvalorização, e crise financeira que nos assaltam diariamente. Mas será que estes bandidos são os mais culpados por nosso desequilíbrio financeiro? Ou será que nossa própria indisciplina tem colocado o maior furo no nosso "saco bancário"? Enquanto há pouco que podemos fazer para melhorar a situação financeira do país, há muitas possibilidades para consertar nosso próprio saco furado. Provérbios, revela os maiores furos que desequilibram as nossas finanças.

1. Vícios. Quando pensamos em vícios, imaginamos bebida alcoólica, jogos, drogas e cigarro, e sem dúvida estes causam muita miséria.

Mas outros vícios mais "inocentes" são como teias de aranha que enredam as nossas finanças. Refeições fora, visitas à sorveteria, salgadinhos e refrigerantes, cinema, vídeo games e viagens desnecessárias são pequenas aranhas que podem sugar vida do orçamento familiar. Provérbios diz "Quem ama os prazeres empobrecerá, quem ama o vinho e o azeite jamais enriquecerá" (21:17).

2. Especulação. O segundo passo em direção à miséria conforme Provérbios é especulação financeira. "O que corre atrás de cousas vãs é falto de senso" (12:11). "Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza" (21:8). "Aquele que tem olhos invejosos, corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele a penúria." (28:22). O desejo de ficar rico sem muito esforço leva muitos à especulação. Historicamente, os efeitos coletivos numa sociedade são desastrosos.

Para o indivíduo há muitas formas de especulação: Jogos de loteria, raspadinhas, investimento agressivo em ações especulativas na bolsa de valores, o câmbio de moedas estrangeiras, a compra e venda de veículos, a troca de imóveis, moedas virtuais e mais. Poucas pessoas possuem a segurança financeira para poder se arriscar nestes negócios sem romper seu próprio bolso econômico em momentos inevitáveis de altos e baixos. O caminho sábio, conforme Provérbios, é mais conservador, e muito melhor para a economia: TRABALHAR E POUPAR!

3. Dívida. O terceiro furo no saco orçamentar são as dívidas. Qualquer empréstimo que comprometa as finanças do lar leva à escravidão: "O rico domina sobre o pobre, e o que toma emprestado é servo do que empresta" (22:7).

A dívida é uma tesoura que rasga o saco financeiro. A sociedade nos seduz para cairmos nesta armadilha: Cartões de crédito, cheques especiais, consórcios, pagamentos parcelados (com ou sem juros) e muitos outros. Não que o uso destes constitui pecado. O perigo é gastar agora o que se pretende ganhar amanhã.

Pior que a dívida pessoal em Provérbios é a fiança, que constitui uma espécie de dívida terceirizada. O fiador se compromete pela dívida de terceiros, como, por exemplo, na compra ou no aluguel de um apartamento. Provérbios diz "Não estejas entre os que se comprometem e ficam por fiadores de dívidas, pois se não tens com que pagar, por que arriscas perder a cama de debaixo de ti?" (22:26,27).

4. Desperdiçio. Um outro buraco negro no orçamento é o desperdício, ou seja, a falta de cuidado e mordomia dos bens. Provérbios aconselha: "Procura conhecer o estado das tuas ovelhas, e cuida dos teus rebanhos, porque as riquezas não duram para sempre, nem a coroa de geração em geração" (27:23,24). Em outras palavras, cuide do que tem, ou perdê-lo-á!

Em nossos dias talvez signifique consertar um cano furado antes que estrague a parede; apagar as luzes quando sai da sala; trocar o óleo e os filtros do motor do carro; escovar os dentes depois de cada refeição; manter sua saúde pelo exercício físico e pelo sono suficiente; comer as sobras das refeições e não jogar fora; planejar bem as compras para não ter que fazer múltiplas viagens ao supermercado; tomar banhos mais breves (mas eficientes!); comparar os preços de produtos e evitar marcas de grife mais caras; ficar de olho em liquidações e ofertas especiais. O saco se rasga quando desperdiçamos o que Deus nos confiou, e quando tentamos viver além dos nossos bens.

5. Egoísmo. Parece um paradoxo, mas Provérbios deixa claro que saímos perdendo quando nos agarramos em nossos bens, mas ganhamos quando abrimos mão deles e contribuímos para outros.

Em primeiro lugar, reconhecemos que tudo o que temos vem da boa mão do SENHOR em nossas vidas (Pv. 3:5,6). Por isso, honramos ao SENHOR com as primícias de toda a nossa renda (3:9,10). O egoísta esquece da soberana atuação de Deus em suas finanças. O pouco que ele tem cai pelos buracos.

Em segundo lugar, o justo procura informar-se sobre as necessidades dos pobres ao seu redor, e faz tudo o que pode para socorrê-los. "A quem dá liberalmente ainda se lhe acrescenta mais e mais, ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda" (11:24). O que dá ao pobre não terá falta, mas o que dele esconde os seus olhos será cumulado de maldições (28:27). Egoísmo põe um grande furo no saco!

Se olharmos bem para essas cinco ameaças para o orçamento familiar – vícios, especulação, dívida, desperdício e egoísmo – vamos descobrir que todas têm o “eu” no centro. O que mais precisamos para uma vida financeira bem-sucedida aos olhos de Deus é a vida outrocêntrica de Jesus sendo vivida em nossas vidas. Aquele que “não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida” (Mc 10.45) deseja viver essa vida em e através de nós. Quando usamos nossas finanças mais para abençoar do que para sermos abençoados, refletimos a vida de Cristo em nós (Gl 2.20). Esse saco nunca será rompido, pois tem um galardão eterno (Mt 6.19-21).

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