O jovem réu ficou cabisbaixo, envergonhado, esperando em silêncio a multa que o juiz iria decretar como sentença pelos seus crimes de trânsito. Foi quando o inesperado aconteceu. O excelentíssimo juiz pronunciou o jovem culpado de todas as acusações e condenou-o a pagar a multa máximo. Mas, logo em seguida, desceu do tribunal, pagou a multa e abraçou o jovem. “Obrigado, pai” foi tudo que o moço conseguiu dizer...
Como justo juiz, Deus não pode tolerar nosso pecado (Hq 1.13). Mas como bom Pai, como pode um Deus de misericórdia, graça e amor poupar o pecador, merecedor da morte, e ainda ser justo e santo?
A resposta? A cruz. Em vez de derramar sobre nós Sua santa fúria contra o pecado, Deus sacrificou Seu próprio Filho, perfeito, sem pecado, inocente, como pagamento pelo pecado, tendo em vista a manifestacão da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus (Rm 3.26).
Pela graça de Deus, não há condenação para a pessoa que abraça Jesus Cristo como Seu Salvador, porque não se paga pelo mesmo crime duas vezes! Já nenhuma condenação há para os que estão EM CRISTO JESUS (Rm 8.1)
Jesus sofreu a angústia de ficar pendurado entre o céu e o inferno, exposto nu diante dos olhos do Pai, coberto com a vergonha, vexame e imundícia do nosso pecado. Deus expôs Seu próprio Filho à Sua infinita ira contra o pecado. Para nós, um momento debaixo desta ira seria fulminante e insuportável. Mas Jesus continuou hora após hora sendo castigado pelo Pai, debaixo da chuva de maldição que EU merecia. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (Gl 3.13).
Veja como Isaías descreve o sofrimento de Jesus, o Servo do Senhor, 700 anos ANTES do fato:
Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos (Is 53.4-6).
A IRA DE DEUS DESTINADA A MIM CAIU SOBRE O PRÓPRIO FILHO DE DEUS! Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira (Rm 5.8,9). Porque Ele sofreu, eu não preciso sofrer! Porque Ele carregou sobre Si o meu pecado, eu não terei que responder diante do Tribunal Divino pelos meus crimes. Por ser Ele meu Advogado, não temo a condenação. Jesus é um Advogado perfeito que nunca perdeu sequer um caso que defendeu! O Pai dEle é o Juiz. O sangue dEle o castigo pelo nosso crime.
Caiu sobre Jesus todo o peso da ira de Deus contra o pecado. Na cruz de Cristo, misericórdia e justiça beijaram, para que eu pudesse sair livre da condenação! Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos aos pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas fostes sarados (1 Pe 2.24).
Quem prefere enfrentar a justiça de Deus sem Jesus como Advogado terá o inferno para pagar. Quem rejeita a obra FINAL de Jesus na cruz, opta para enfrentar a ira divina por toda a eternidade. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo! (Hb 10.31).
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado. O que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus…Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna; quem, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanence a ira de Deus (Jo 3.16-18, 36).
Comments